Tempos Verbais

Esse negócio de escrever é algo interessante, não pela escrita em si, mas pela criação. Como em todo processo de criação é necessária a inspiração. E inspiração é algo que vem sem avisar, de qualquer jeito, meio alucinada, e temos de aproveitar do jeito que der, porque é algo intermitente que costuma desaparecer...

Depois que escrevi minha Carta ao meu Eu-Passado e a Carta ao meu Eu-Futuro, acabei "revendo" a cena que elas compunham em minha mente e tive uma ideia de um roteiro de uma possível peça teatral. Entre os trancos e barrancos, e entre outras iniciativas e outros bloqueios, noites em claro e dias turbulentos, acabei, em maio, meu primeiro roteiro de teatro: "Tempos Verbais". Sim, meu primeiro roteiro de teatro!

"Tempos Verbais" apresenta o nosso herói solitário, em plena decadência, sem objetivos e determinações para continuar sua caminhada. Em uma noite comum, após um longo dia de trabalho, ele é surpreendido pela visita de seu "eu passado" que se apresenta com o objetivo de ajudar o "eu presente" a entender melhor os passos que têm dado na vida, trilhando um caminho que poderia os levar a um trágico fim. Diante do entrave da conversa, o "eu passado" resolve invocar o "eu futuro" e deste ponto em diante, trava-se uma grande e complexa discussão entre os diferentes "eus" que garante ao espectador um tortuoso debate existencial salpicado de ironia e angústia.

Este roteiro está sendo enviado a diversas companhias de teatro do país para avaliação de uma possível produção, mas ainda não obtive nenhum resultado positivo. Continuamos na lida... Se alguém tiver alguma dica ou sugestão, será muito bem-vinda!

Vamos que vamos!